sábado, 26 de dezembro de 2009

VENHA 2010


Mais uma vez as mesmas esperanças.

Natal já se foi, tranqüilo, com um caminho bem preparado em nossos corações para que o filho do Grande Pai habite em todos os tempos.

Agora estamos aparando os galhos e os matos que cercam a trilha que caminhamos dia-a-dia. Olhamos para trás e já não vemos de onde partimos, mas lembramos com muita firmeza daquelas esperanças que nos fazem seguir.

2010 que vem. Assim como todos que passaram, cheio de mistério, segredos, incertezas, dúvidas. Traz um frio na barriga, quando percebemos que ainda há tarefas a cumprir que ficaram para trás. Um arrepio de termos certeza de que o que há para cumprir é urgente e necessário e depende de nós.

Tempo novo. Tempo para construir o novo. Mundo novo. Tudo de novo.

De novo o nó na garganta quando paramos nos sinais, nas estações de trem, nas rodoviárias e nos pontos de ônibus. Quanta gente reza com fervor em suas feições maltrapilhas e desgastadas, queimadas de sol e refrescadas com a chuva. Gente que, apesar de tudo vive, e só por isso chega bem pertinho do ouvido do Pai em suas orações.

Como deve estar o frio na barriga, o arrepio, e o nó na garganta desses? E daqueles que estão à beira das estradas, nas casas desafiando a física? E daqueles que não sabem se guardam nas garagens carros ou botes salva-vidas?

Todos esperam o sol que vem no Natal e encarna 2010. E numa oração que é a vida, a paz é palavra sincera no coração dos que não tem paz.

A paz que a esperança grita para 2010 é olhar pro lado e ver a beleza e sentir perfume das flores. E ver irmãos fraternalmente abraçando não irmãos. É ver a beleza das cores humanas tão entrosadas quanto o arco-íris.

É encontrar terra fértil para plantar sonhos e colher sorrisos verdadeiros. É a terra fértil pra dar de comer e não ter de lucrar.

2010 com vistas privilegiadas do Rio de Janeiro do alto dos morros. Para ver o mar, as luzes da cidade e o infinito da selva de pedra, as curvas do Brasil. No alto onde cantem os passarinhos com liberdade.

2010 seja o ano da aposentadoria dos fogos de artifício. Eles, apesar da beleza quando estourando, lembram caveirões, armas de fogos e guerras. Aposentando as fábricas de fogos de artifícios, as fábricas de armas vão pendurar as chuteiras e ficarão na lembrança como aquele beque central, mais conhecido como beque da roça, que nunca ganhou bola de ouro e não entra nem nos álbuns de figurinhas.

Venha 2010, agarra as mãos da esperança, abrace os ombros dos que amam, e vela acordado o sono dos que sonham. E, faça sonhar os que não dormem, os que não conseguem colocar a cabeça no travesseiro da vida e dizer: sou apenas mais um combatendo o bom combate.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

“ARMAS NO CHÃO E FLORES NAS MÃOS”... BASTA DE EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE

Inspirados pelo centenário de nascimento de Dom Hélder Câmara e pela música de Herbert Vianna “O Soldado da Paz”, a Pastoral da Juventude do Litoral da Diocese de Nova Friburgo lançou a Campanha contra o a Violência e o Extermínio de Jovens. O ato de lançamento aconteceu na Sessão Comemorativa da Câmara Municipal de Macaé em Homenagem a Dom Hélder. A homenagem foi promovida pelo vereador Danilo Funke(PT), militante de movimentos de juventude.

Após exibição do filme/documentário sobre a vida de Dom Helder “O Santo Rebelde”, a sessão iniciou teve início com a participação de Padres, coordenadores de pastorais, lideranças comunitárias e outras lideranças da sociedade. Representando os padres de Macaé, Pe. Mauro Nunes, assessor da PJ no Vicariato e Marcel Silvano, coordenador de formação da PJ, foram convidados para compor a mesa da sessão. Além deles, Pe. Luiz Claudio de Azevedo, coordenador do Conselho de Pastorais, René Dutra, representando as Pastorais Sociais de Rio das Ostras e Gilberto Santos representou o Movimento de Fé e Política do Litoral Fluminense.

Representando os jovens da PJ, Marcel lamentou a política de segurança adotada pelos governos. “Não dá para ficarmos calados diante de uma realidade em que são comprados helicópteros e outros aparatos de guerra, para entrar nas localidades mais pobres e matar, principalmente jovens, apenas pela localidade em que mora”, declarou. Ele ainda declarou que o projeto de sociedade que a PJ luta para conquistar é tão ousado quanto os sonhos de Dom Hélder. “Na Bíblia o profeta anuncia um dia em que o lobo e o cordeiro pastarão no mesmo pasto, Martin Luther King sonhou com o filho do rico e o filho do pobre comendo no mesmo prato, Dom Hélder sonhava mais ousado: nem ricos e nem pobres”, disse ele.

Logo após, os coordenadores Magnum Tavares e Lurdinha Vieira leram manifesto (que segue abaixo) que lançou oficialmente na região a campanha nacional contra a violência e o extermínio da juventude. Ao final da leitura, pediram para todos levantarem as mãos dizendo: “Basta! A juventude quer viver!” E, ao som de “O soldado da Paz” foram distribuídas rosas brancas com mensagens em defesa da vida dos jovens. As mensagens foram afixadas às rosas com fita preta. Foram distribuídos panfletos da campanha.

“Dom Helder faz a gente reafirmar a esperança em melhores dias e lutar junto com as pessoas de bem pela justiça, igualdade e defender com toda a força a vida”, declarou o vereador Danilo Funke(PT).

A campanha vai circular os municípios do Vicariato Litoral e as paróquias que estiverem dispostas a adotar a campanha.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

SEGUNDA 21/12: HOMENAGEM AO DOM DA PAZ



Chegamos ao final de 2009, Apenas algumas semanas nos separam de um novo ano com desafios que ainda estão no campo do mistério. Entretanto, nós, principalmente os que tem alguma formação religiosa buscam referências em trajetórias de vida e exemplos que anima a vida e traz esperança para lutar por melhores dias não só para nós, mas para todos os seres vivos.

Uma dessas referências é o Dom Hélder Câmara. Esse ano, o Arcebispo do Rio e Arcebispo de Olinda e Recife completaria 100 anos, se não tivesse falecido em 1999. Foi o principal articulador e fundador da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e também do CELAN – Conselho Episcopal Latino Americano e Caribenho que trouxe avanços inigualáveis para a Igreja Católica e a luta dos Direitos Humanos na nossa Pátria Grande América Latina.

Foram as deliberações do Rio (55), Medellín (68), Puebla(79), Santo Domingo(92) e Aparecida (2007), principalmente Puebla e Medellín colocaram como prioridades da Igreja não só do Brasil, mas de todo o continente latino-americano o trabalho concreto na transformação da vida dos mais pobres. Daí as organizações de pastorais e movimentos não apenas católicos que atuam diretamente em garantir a promoção humana das milhões de pessoas que se encontram em condições de mera sobrevivência.

Dom Hélder foi importante na ligação entre Reino de Deus e as palavras do evangelho com a defesa da vida aqui e agora para todos e em plenitude. Enfrentou a ditadura militar e até algumas linhas de pensamento da Igreja, denunciou ao Brasil e ao mundo as práticas de torturas e sequestros, e os inúmeros abusos cometidos pelos militares durante a ditadura.

Proibido de falar no Brasil pelos militares e ameaçado de morte, inclusive com seus companheiros, padres mais próximos também ameaçados e até assassinados. Dom Hélder silenciou no Brasil por algum tempo. Mas intensificou palestras, pregações e participação em conferências em diversos outros países. França, Itália, EUA, Alemanha... Todos puderam ouvir as palavras do “Bispo Vermelho”, apelido dado pela Ditadura. E a cada dia Dom Helder acumulava maior respeito e mais respaldo internacional dentro da Igreja e na comunidade internacional.

Os anos de 1970, 71,72 e 73 foram no mínimo curiosos. Aclamado pelo mundo, foi indicado ao Nobel da Paz as quatro vezes. Na última vez, não havia concorrente com maior perfil para o prêmio e com extrema aceitação dos julgadores. Estranhamente, em 1973 não houve vencedor. Os militares pressionaram a organização do Prêmio que preferiu não entregar a ninguém a honraria. Foi o único brasileiro indicado tantas vezes ao Nobel e o único com resultado certo de levar o prêmio.

2009. Olinda, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília... e agora Macaé. Câmaras de Vereadores, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas... Igrejas, católica e não-católica. Cristãos e não-cristãos. Movimentos sociais, ong´s, organizações em defesa dos direitos humanos, organizações de combate a fome e a pobreza. Todos esses fizeram de 2009 um ano festivo, de reflexão, e de preparação para o que virá em 2010,11,12 e daí em diante.

Dia 21 de dezembro. A Câmara Municipal vai realizar uma Sessão Comemorativa. Por solicitação do vereador Danilo Funke(PT), que atendeu ao pedido de pastorais e movimentos, em especial a Pastoral da Juventude e o Movimento de Fé e Política.

Segunda feira, às 17 horas na Câmara a solenidade começará com o filme “O Santo Rebelde”, outro apelido recebido por Dom Helder. O filme traz as reflexões, a caminhada e trechos de palestras do Bispo pelo mundo e pelo Brasil. Uma bonita homenagem. Logo após, às 19 horas a solenidade oficial, comemorativa ao centenário.

Nesse momento de planejarmos um novo ano, vale, e muito, a contribuição que as lembranças que Dom Helder deixa para nós que queremos reforçar a esperança e a caminhada na defesa da cidadania plena e da justiça.

Guerreiro da Paz, Dom da Paz, Bispo Vermelho, Bispo dos Pobres, Profeta do Terceiro Mundo, Arcebispo das Favelas, Artesão da Paz, Dom do Amor, da Paz e da Justiça, Campeão da Solidariedade, Bispo Comunista... por suas próprias palavras: “nosso pai deu ao ser humano o poder e a responsabilidade de não se conformar com o sofrimento e com a dor inocente, ensinou-o a lutar contra a injustiça. É o nosso dever”.

Marcel Silvano – coordenador de formação da Pastoral da Juventude e coordenador da Pastoral da Comunicação

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O QUE ESTÁ EM JOGO EM COPENHAGUE - LEONARDO BOFF


Em Copenhague os 192 representantes dos povos vão se confrontar com uma irreversibilidade: a Terra já se aqueceu, em grande, por causa de nosso estilo de produzir, de consumir e de tratar a natureza.
Só nos cabe adaptamo-nos às mudanças e mitigar seus efeitos perversos.
O
normal seria que a humanidade se perguntasse como um médico faz ao seu paciente: por que chegamos a esta situação?
Importa considerar os sintomas e identificar a causa. Errôneo seria tratar dos sintomas deixando a causa intocada continuando a ameaçar a saúde do paciente.
É exatamente o que parece estar ocorrendo em Copenhague. Procuram-se meios para tratar os sintomas mas não se vai à causa fundamental.
A mudança climática com eventos extremos é um sintoma produzido por gases de efeito estufa que tem a digital humana. As soluções sugeridas são: diminuir as porcentagens dos gases, mais altas para os países industrializados e mais baixas para os em desenvolvimento; criar fundos financeiros para socorrer os países pobres e transferir tecnologias para os retardatários.
Tudo isso no quadro de infindáveis discussões que emperram os consensos mínimos.
Estas medidas atacam apenas os sintomas. Há que se ir mais fundo, às causas que produzem tais gases prejudiciais à saúde de todos os viventes e da própria Terra.
Copenhague dar-se-ia a ocasião de se fazer com coragem um balanço de nossas práticas em relação com a natureza, com humildade reconhecer nossa responsabilidade e com sabedoria receitar o remédio adequado.Mas não é isto que está previsto.
A estratégia dominante é receitar asperina para quem tem uma grave doença cardíaca ao invés de fazer um transplante.
Tem razão a Carta da Terra quando reza:”Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo...Isto requer uma mudança na mente e no coração”.
É isso mesmo: não bastam remendos; precisamos recomeçar, quer dizer, encontrar uma forma diferente de habitar a Terra, de produzir e de consumir com uma mente cooperativa e um coração compassivo.
De saída, urge reconhecer: o problema em si não é a Terra, mas nossa relação para com ela. Ela viveu mais de quatro bilhões de anos sem nós e pode continuar tranquilamente sem nós.
Nós não podemos viver sem a Terra, sem seus recursos e serviços. Temos que mudar. A alternativa à mudança é aceitar o risco de nossa própria destruição e de uma terrível devastação da biodiversidade.
Qual é a causa? É o sonho de buscar a felicidade que se alcança pela acumulação de riqueza material e pelo progresso sem fim, usando para isso a ciência e a técnica com as quais se pode explorar de forma ilimitada todos os recursos da Terra.
Essa felicidade é buscada individualmente, entrando em competição uns com os outros, favorecendo assim o egoísmo, a ambição e a falta de solidariedade.
Nesta competição os fracos são vitimas daquilo que Darwin chama de seleção natural. Só os que melhor se adaptam, merecem sobreviver, os demais são, naturalmente, selecionados e condenados a desaparecer.
Durante séculos predominou este sonho ilusório, fazendo poucos ricos de um lado e muitos pobres do outro à custa de uma espantosa devastação da natureza.
Raramente se colocou a questão: pode uma Terra finita suportar um projeto infinito? A resposta nos vem sendo dada pela própria Terra.
Ela não consegue, sozinha, repor o que se extraiu dela; perdeu seu equilíbrio interno por causa do caos que criamos em sua base físico-química e pela poluição atmosférica que a fez mudar de estado. A continuar por esse caminho comprometeremos nosso futuro.
Que se poderia esperar de Copenhague? Apenas essa singela confissão: assim como estamos não podemos continuar. E um simples propósito: Vamos mudar de rumo.
Ao invés da competição, a cooperação. Ao invés de progresso sem fim, a harmonia com os ritmos da Terra. No lugar do individualismo, a solidariedade generacional. Utopia? Sim, mas uma utopia necessária para garantir um porvir.

Leonardo Boff é teólogo

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CUMPRINDO AS TAREFAS DA VIDA


A vida nos aponta algumas trilhas que a cada curva revelam tarefas. É assim com as amizades, com a família, com os que chegam e passam a dar os mesmos passos (Mariane) e os que surgem no caminho (Maria Eloá).

As tarefas que nos aparecem, todas, tem a principal função de fazer a vida ter um sentido real, concreto, e que contemple a beleza que as oportunidades dadas pelo Criador oferecem. Realizar pequenas coisas e conquistar grandes coisas, uma de cada vez ou ao mesmo tempo.

Coisas que fazemos e deixam a vida mais leve, para enfrentar o peso de um mundo que não quer deixar a vida acontecer. Quanto a essas tarefas, tenho a expectativa de perceber cada oportunidade de cumpri-las, a cada dia.

Uma bela viagem de trem. Acertada oportunidade que trouxe lembranças de tempos em que a simplicidade encantava e por isso as pessoas sentiam-se mais livres. Tarefa de perceber que um outro mundo possível é onde a trilha leva.

O símbolo desses momentos está no trajeto feito de trem com sentido ao 7º Encontro Nacional de Fé e Política: Cuidar da vida - Espiritualidade, Ecologia e Economia. Saindo de Macaé-RJ para Vitória-ES e de lá, pegamos o trem. Estrada de Ferro Vitória-Minas. Patrimônio brasileiro seqüestrado pelo capitalismo neo-liberal.

Experiência nova para os macaenses. Maria Eloá, Mariane, Marcel, Magnum, Ricardo Ninja e José Manoel. Cada um entendeu de forma diferente, com suas percepções de mundo e interpretações diferentes da vida e seus desafios, mas com a certeza de cumprir mais uma tarefa.

Cidades pequenas, campos enormes, pequenas produções rurais, matas, verde, rios e pessoas simples, vistas pelas janelas. Pessoas vendendo balas, doces, cocadas. Mulheres, mães, crianças correndo atrás. Atrás do trem, atrás da vida melhor e, as crianças, correndo pra chegar primeiro que o outro e vender o doce antes do colega.

Situações difíceis de viver e de sentir dentro de um carro, ou ônibus nas BR´s desse Brasil. Os minérios extraídos da nossa terra, nosso patrimônio, dói ver e saber que tudo aquilo não é nosso por tão pouco pago. Inclusive o ponto de chegada, estação Intendente Câmara – Ipatinga. Praticamente dentro de um gigantesco complexo industrial (Usiminas). Também era nosso e sequestrado da mesma forma. Tanta tecnologia, tanto esforço, tantos brasileiros que sonharam aquilo tudo e construíram, para depois ver entregue a chineses, japoneses, americanos, espanhóis, não tenho certeza de quem é mais.

Paramos nas estações, cada uma, gente diferente indo para lá ou vindo para cá, pessoas com sotaques carregados, diferentes estilos, vestimentas, porém uma vida completamente diferente da nossa. Posso estar errado, mas penso que naqueles lugares as pessoas brincam de bola de gude, fazem GP de tampinha de garrafa e pistas mirabolantes tentando chegar aos três primeiros lugares. Pessoas que sobem no pé de jamelão e comem a fruta no pé. Gente que colhe café no pé e aproveitam a bebida com maior qualidade que a quase totalidade dos brasileiros.

Curvas, túneis, pontes, rios, lagos, montanhas, tudo por cima dos trilhos. Bonito de ver, mas lindo de viver. A vida merece esses momentos de inspirar e expirar, para viver depois melhores dias, trilhados por nossos próprios pés e construídos por nossas próprias mãos. Os que sonham, os que vivem e aos que querem dias melhores. É inadiável cumprir tarefas assim.

SEGUEM ALGUMAS FOTOS:




PS.: AINDA FALTAM FOTOS QUE COLOCAREI AMANHÃ.



ESCRITOS DA LIBERDADE - PARTE 3*

Um filho curioso perguntava pra que servem os sonhos quando não estamos dormindo.

O pai pensou e logo lembrou uma fala do escritor uruguaio Eduardo Galeano sobre utopia:

“Ela está no horizonte. Aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que caminhe, jamais a alcançarei. Para que serve a Utopia? Serve para isso: para CAMINHAR.”

Enfim, de nada mais serve a não ser para caminhar tentando realizá-los, respondeu o pai.


* HOMENAGEM AOS 80 ANOS DE NASCIMENTO DE MARTIN LUTHER KING