segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MST FAZ ATO NA SECRETARIA EDUCAÇÃO EM MACAÉ


Manifestação dos militantes do MST em Macaé na manhã de hoje aconteceu sem maiores incidentes. Cerca de 40 pessoas do acampamento Oswaldo de Oliveira, as margens da BR 101 foram a secretaria de Educação da cidade com objetivo de exigir que seja garantido as crianças o transporte escolar, que de acordo com mães que estão acampadas, as informações são de que, por falta de pagamento desde o último semestre letivo, os donos das Kombis que fazem o transporte na região serrana da cidade não farão o serviço.
Os manifestantes foram recebidos por uma comissão da Secretaria de Educação que prometeu o serviço para amanhã.
Outra demanda é a dificuldade de matrícula que algumas crianças estão enfrentando. Para essa questão, a comissão garantiu uma reunião com o Secretário de Educação para 5ª feira com o MST para encaminhar o restante das pendências.
Com cartazes e bandeiras do movimento os militantes ficaram de 10 horas da manhã de hoje até as 14 horas quando retornaram ao acampamento.
Outras denúncias de pais de alunos surgiram na movimentação, a ausência de merenda e falhas no sistema do cartão do passe escolar.







 

FORA DE MODA: CRIANÇA FORA DA ESCOLA


Militantes do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - já estão em frente a Secretaria de Educação de Macaé onde farão manifestação para cobrar a a garantia do transporte escolar para estudantes da Região Serrana de Macaé. A atitude se justifica por desde o fim do ano letivo passado, a coordenação do MST em Macaé conseguiu as matrículas para que as crianças que vivem no acampamento Oswaldo de Oliveira, localizado a margem da BR-101 próximo a trevo de Macaé, pudessem estudar em 2011. Tendo garantidas as matrículas, na primeira semana letiva desse ano a notícia receida não foi animadora, os alunos não poderão ir a escola por falta e transporte escolar. As diretoras das escolas em Córrego do Ouro, onde estão matriculadas as crianças informaram que a impasse se deve ao não pagamento por parte da Prefeitura as Kombis que prestam serviço ao município. Os donos das kombis se negam a iniciar o trabalho enquanto não receberem os atrasados do ano letivo passado.

A expectativa dos militantes do MST é fazer uma ocupação na Secretaria de Educação enquanto não é resolvido o impasse.

- Breve Histórico
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra chegou a Macaé no início de setembro de 2010 quando o Presidente Lula decretou a desapropriação da Fazenda Bom Jardim (1650 Hectares improdutivos) para fins de Reforma Agrária. A partir da ocupação, cerca de 200 famílias aderiram ao acampamento que foi batizado de Oswaldo de Oliveira para aguardar o desenrolar burocrático do Governo Federal na execução da desaproriação por parte do INCRA.

Em novembro, a justiça emitiu decisão a favor do dono do latifúndio e dando ordem de despejo às famílias e reintegrando a posse no dia 17.11 e recolocando as famílias na vulnerabilidade da ausência de moradia.

Após o despejo, por três dias, os sem terra foram acolhidos na área da Igreja Nossa Sra Aparecida no bairro Virgem Santa, em Macaé enquanto buscavam outro local para aguardar o desfecho da Fazenda Bom Jardim. Estão desde novembro no novo acampamento às margens da BR-101.

Entre os acampados há dezenas de crianças que desde o impasse da reintegração encontram dificuldades para estudar.O MST conversou com a secretaria de Educação por algumas vezes e tentando garantir que 2011 as crianças tenham garantido o direito de estudar. Agora, no início do ano letivo, não há previsão para resolver o transporte escolar e as crianças do MST estão num novo impasse.

A manifestação ocorre nesse momento na Secretaria de Educação de Macaé.


"Tem que estar fora de moda criança fora da escola, pois a tempo não vigora o direito de aprender. Criança e adolescente com uma educação descente é o novo jeito de ser". Zé Pinto, música "Pra soletrar a liberdade"

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A (ANTI)ÉTICA E A CRISE DO PT EM MACAÉ

Mais um ano começa e a primeira reunião oficial do PT com quórum acabou em polêmica e quase pancadaria. A novidade desta vez foram ameaças a dirigentes que cobram o afastamento do presidente por continuar descumprindo o código de ética partidário.

A situação do Partido dos Trabalhadores em Macaé é semelhante a um morador que vê a casa ruindo e o teto caindo sobre sua família e eles, ao invés de salvar as vidas correm atrás dos anéis. Ou então o teto de uma escola maternal desabando, e os funcionários, ao invés de livrarem as crianças, tentam retirar as mochilas de dentro da escola.

O PT em Macaé atravessa sua pior crise política. O presidente, figura que deveria ser o condutor das discussões e do trabalho partidário fica intercalando apelos para renunciar a função partidária e vaias em atividades com profissionais da educação. Não há sustentação política nem para ser secretário, nem para conduzir a presidência.

Numa ofensiva inexplicável de concentrar poder e forçar barra em posicionamentos, no mínimo, equivocados fica o questionamento se vale a pena rasgar as regras do estatuto e do código de ética de um partido importante como o PT para manter acordos feitos pelos sovacos de mãe e filho.

Um partido que construiu sua história nas lutas pela libertação integral do povo brasileiro chega a uma situação parecida com seqüestro em Macaé. No escuro do cativeiro, amordaçado pelas benesses dos cargos comissionados e trazendo os algozes para vigiar cada ação. É preciso romper as correntes que amarram o PT à oligarquia, que tem os dias contados para ver o poder começar a ruir.

Platão, na passagem do “Mito das Cavernas” conta a história das pessoas que ficam acorrentadas no fundo da caverna e só tem contato com o mundo exterior através da luz do sol que entra por uma única abertura. As formas das sombras das árvores e dos animais faziam as pessoas acreditarem que fora da caverna só monstros existiam e tinham medo de romper as correntes. Quando uma das pessoas rompe a corrente e sai da caverna, volta para contar como é boa a vida em liberdade e como é bonito o mundo real, essa pessoa é agredida até a morte pelos demais, que não acreditam e dizem que é louco.

Enquanto a linha de atuação do PT de Macaé é acorrentada ao fundo da caverna, o bilhete premiado que seria a participação no atual governo rendeu em 4 anos a uma vice-prefeita cassada e um presidente impedido por não cumprir a ética partidária.

Repito publicamente o que encaminhei na reunião do PT ao “pseudo-presidente”. Qual sua posição, ficará presidente ou secretário?

Marcel Silvano
Secretário Geral
Partido dos Trabalhadores - Macaé