quinta-feira, 28 de julho de 2011

170 A MAIS

Macaé, por que não falar de ti?
Como, se meu tempo é pouco por aqui?
Quase 28 e você 198.
Penso na diferença 170.
170 vezes diferente, e quantas diferenças...
Os muros e as grades da Cancela Preta e Cavaleiros.
E a falta de muros, grades curriculares, chão, pão, beleza e asfalto
Novas Holanda, Malvinas que desembocam na também, Nova Esperança.
Esperança contorcida, vermelha de sangue, de jovens com fuzis e rádios e chuteiras nas mãos (brancas com manchas vermelhas).
I-BOPE
Lotação, lotadão
e carrão ocupando duas vagas, dois, três, tantos espaços, vários vazios.
Esperança de CO², de petróleo embaçado, embalsamado, esporrado.
Nas mãos, nas ruas, no centro da cidade.
O mau cheiro do mau ouro, esgoto a céu aberto, alagamentos, aterramentos.
Linha Azul de barro mais alto.
Ouro mal utilizado
para o bem de poucos
em meus vinte e poucos.
E passe petr-óleo-de-peroba.
Nas propagandas, nos disfarces na
“A natureza faz e desfaz, a prefeitura refaz para você”
No orçamento meio, um bi e meio.
170 anos a mais
Os velhinhos do asilo? O Recanto do Idoso? São João Batista?
Rogai por todos que precisam de saúde.
Falo de ti aos 198 porque meus 28 foram batizados por seus encantos.
Mar+céu, obra de José e Maria
Algum dia terá a alegria de ver a teimosia tirar a Maca-é e fazer brilhar Macaé.
Pára-bens para poucos e Feliz-Cidade para todos.

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