sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O QUE É A VERDADE? OU, A VIDA É PRA SER FELIZ

Em seu momento inicial de calvário e sofrimento Jesus Cristo uma questão foi levantada e apóstolo, João a marcou com uma ênfase que deu a ela caráter filosófico. O que é a verdade? Jesus, após ficar em silencio e a dar respostas simples e curtas provocou essa reflexão em seu interrogador Pilatos, que apenas lançou ao ar a pergunta.
Entendo que a verdade e a felicidade caminham lado a lado. Não dá pra ser feliz quando as verdades são tão restritas que nos levam a conflitos pequenos que beiram a infantilidade.
Seja feliz, diga a verdade, faça feliz, viva e deixe viver.
Tenho algumas verdades que hoje me são absolutas. O resto é acréscimo de detalhes constatações, relatos, coisas que não farão a menor diferença. Verdades fazem diferença para a vida das pessoas, constatações são caprichos. Onde esteve, com quem estava, fez o que, que horas chegou, nada disso é verdade isso é satisfação. E a vida não pode se resumir em satisfações.
Você pode escolher na vida alguns caminhos. Você pode ser feliz, viver bem, construir a vida, ser livre. Mas você pode escolher ficar dando ou querendo satisfações(não verdades).
As satisfações são como correntes que amarram os pés e a alma. Quando moleque eu já tinha sérios problemas com meus pais por causa das satisfações. Eu normalmente ia jogar bola. Mas qual a diferença de jogar na quadra perto de casa ou na praia também perto de casa? No final das contas eu era feliz! E eles precisavam apenas saber que eu estava jogando bola.
As verdades fazem viver. Para mim uma grande verdade é que só se é feliz de fato vivendo um grande amor.
Outra grande verdade é que esse mundo precisa de uma nova ordem, uma lógica que defenda a humanidade e as vidas presentes no planeta.
Mais uma grande verdade é que o capitalismo para se tornar hegemônico precisa da guerra e da pobreza. Dessa forma podemos nos comparar e sempre acharemos alguém pior que nós. Caso você não encontre a solução é o suicídio e aí você vai ser patamar de comparação dos outros: “coitado suicidou-se, até que não tô tão mal assim”.
Verdades são muito além de nossas cabeças e constatações. Não dá é para entender que tudo que acontece tenha que ser dado satisfações como se fossem verdades e fizessem alguma diferença para a vida como um todo.
Não tenho uma cabeça que guarda muitos nomes, nem muitos detalhes. Dar satisfação de tudo não é meu forte. Muito menos se isso vai me render o menor problema possível. Eu considero que não tenho tempo para perder com isso.
Metade de nós é o que somos. A outra metade é a junção do que queremos ser, ou imaginamos que somos, ou que os outros querem que sejamos. Ao menos na metade que é o que sou quero ser feliz. Pelo menos nos seis meses que é o período que somos o que somos, depois mudamos. Todo mundo é sempre assim.

Um comentário:

  1. Compartilho de suas verdades absolutas e tenho sido feliz com elas também. Uma outra que tenho considerado absoluta é que sem luta não conseguimos nada. Podemos até achar que "conseguimos" algo, mas se não lutamos por ela, a conquista não é totalmente nossa e a felicidade pela conquista não é tão completa.

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